Manchetes dos grandes jornais

07 de julho de 2015

O Globo

 

Manchete: Medida do governo prevê redução de salário e jornada

Corte no rendimento será compensado, em parte, com recursos do FAT. Gasto do Fundo de Amparo ao Trabalhador poderá chegar a R$ 112,5 milhões em um ano. Proposta, cujo objetivo é garantir empregos, tem apoio das centrais sindicais, mas ministro da Fazenda foi contra

 

Para tentar evitar uma alta ainda maior do desemprego, a presidente Dilma editou medida provisória que permite a redução da jornada de trabalho em até 30%. As empresas poderão diminuir o salário pago ao trabalhador na mesma proporção. Mas, para evitar um desconto maior no contracheque, recursos do FAT serão usados para bancar até 50% do rendimento cortado. Com isso, na prática, a redução no salário recebido pelo trabalhador será de no máximo 15%. O gasto estimado com o programa é de R$ 112,5 milhões ao longo de um ano. A medida ganhou o apoio das centrais sindicais e dos empresários, sobretudo os do setor automobilístico, que vive forte crise, com a produção de carros encolhendo 18,5% este ano. Nos bastidores, porém, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi contra. (Pág. 17)

 

Poupança tem saque recorde

Com a piora no emprego e a alta na inflação, os saques da poupança superaram os depósitos em R$ 38,5 bilhões este ano. Foi o pior semestre para a caderneta em 20 anos.
Em junho, os resgates somaram R$ 6,3 bilhões. O aumento dos juros também influenciou, já que os investidores migraram para aplicações mais rentáveis. (Pág. 19)

 

França alivia tom com a Grécia

Já Alemanha cobra reformas. BC europeu estende socorro a bancos gregos, mas feriado bancário é ampliado
Após a vitória do “não” às medidas de austeridade no referendo grego de domingo, as bolsas europeias caíram até 4% ontem. O ministro das Finanças do país, Yanis Varoufakis, renunciou, num sinal de boa vontade do governo para retomar as negociações. A chanceler alemã, Angela Merkel, voltou a cobrar reformas da Grécia. O presidente francês, François Hollande, adotou tom mais conciliador e defendeu a solidariedade. O BC europeu estendeu as linhas de socorro aos bancos gregos, e o feriado bancário foi prorrogado. (Pág. 20 e 21)

 

Haiti: denúncia de propina em vistos

Haitianos acusam a embaixada brasileira em Porto Príncipe de cobrar propina para apressar a emissão de vistos, relata Mariana Sanches. O Ministério Público do Trabalho investiga a denúncia. (Pág. 7)

 

Testemunha nega versão de petista

EXCLUSIVO: Contrariando a versão do governador de Minas, Fernando Pimentel, a namorada do empresário Benedito Oliveira nega ter pagado diárias do petista num resort, disse o pai dela a Jailton de Carvalho. (Pág. 5)

 

Dilma convoca Cunha e Conselho

A presidente Dilma convocou o Conselho Político para discutir reação à crise política. A petista também se reuniu com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. (Pág. 3 e Merval Pereira)

 

Ilimar Franco

Alerta geral

O discurso do senador José Serra na convenção do PSDB, no domingo, gerou a indignação de integrantes da bancada na Câmara. Os tucanos votaram contra o ajuste a favor de que os aposentados sejam reajustados pelo mínimo e pelo aumento dos funcionários do Judiciário. Serra disse que é preciso resistir à “tentação” de aprovar “loucuras fiscais irreversíveis”. (Pág. 2)

Merval Pereira

Realidade adversa

A presidente Dilma parece ter levado um choque de realidade diante da convenção nacional do PSDB no domingo, quando o maior partido oposicionista declarou-se preparado para assumir o governo quando necessário, sinalizando claramente a possibilidade de o mandato presidencial ser reduzido em decorrência dos processos que correm no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Tribunal de Contas da União (TCU). (Pág. 4)

Míriam Leitão

A carga de Sísifo

Na mitologia, Sísifo é punido por tentar enganar a morte. É condenado por Zeus a carregar eternamente uma pedra até o topo e depois vê-la de volta ao começo. Tem que fazer e refazer o trabalho sem jamais terminá-lo. A Grécia se sente assim em relação às medidas de austeridade. Cortou gastos, teve recessão, e o desemprego subiu. Rolou uma pedra pesada morro acima por seis anos e está de volta à base sendo informada de que terá que subi-lo novamente. (Pág. 18)

Editorial

Incertezas políticas agravam quadro econômico

Crises paralelas, a econômica e a política tornam o horizonte nebuloso e, em alguns aspectos, se autoalimentam. A imagem e a popularidade da presidente sofreram severas avarias com a constatação de que o discurso do palanque da reeleição nada tinha a ver com a realidade do início do segundo mandato. (Pág. 14)

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O Estado de S. Paulo

 

Manchete: Dilma diz que defenderá mandato com ‘unhas e dentes’

Presidente convoca reunião de emergência do Conselho Político e chama de ‘golpe’ articulações da oposição.

 

A presidente Dlma Roussef classificou como “golpistas” articulações por sua saída do governo e disse que defenderá “com unhas e dentes” o mandato para o qual foi eleita. Um dia após a convenção do PSDB, na qual, tucanos apostaram em novas eleições antes de 2018, Dilma convocou reunião de emergência do Conselho Político e orientou ministros, presidentes de partidos, deputados e senadores da base aliada a afastar movimentação de adversários pelo impeachment, carimbando a iniciativa como “golpe”. Foi uma referencia a depoimentos de empreiteiros que, presos na lava Jato, disseram ter dado dinheiro desviado da Petrobras ao PT e ás campanhas de Dilma e do ex presidnete Lula. “Vou defender o meu mandato com unhas e dentes. Nada ficará sem respostas”, afirmou. Mais cedo o vice-presidente Michel Temer, que comandará o PMDB e é articulador político do Planalto, disse que o impeachment é “algo impensável para o momento”. (Pág A4)

 

Cassar exige provas, diz ministro do TSE

Ministros do TSE, ouvidos pelo Estado dizem que depoimentos ligando a campanha de Dilma Rousseff a esquema da Petrobras podem não ser determinantes para cassar mandato. (Pág. A5)

 

PMDB tenta evitar queda de Temer

O PMDB articula para barrar qualquer iniciativa da oposição que retire o vice-presidente Michel Temer do Planalto, em caso de afastamento da presidente Dilma Roussef. (Pág. A5)

 

Papa pede tolerância

Na primeira missa da viagem de oito dias pela América Latina,, papa Francisco pediu soluções concretas para os desafios da família. Em Guayaquil, diante de 600 mil fiéis, líder católico fez chamado à tolerância para a família não tradicional. (Pág. A7)

 

Medida provisória permite reduzir jornada e salário

Numa tentativa de diminuir o ritmo das demissões do País, o governo editou medida provisória autorizando a redução da jornada de trabalho e do salário dos empregados na indústria até 30% em tempos de crise ou de queda expressiva de produção, como ocorre agora nos setores automobilísticos e químico. Para o empregado, o salário será cortado em até 15%, porque haverá complementação com recursos do FAT. O Plano de Proteção ao Empresário (PPE) tem como base programa adotado na Alemanha. A redução de jornada e de salário precisa ser aprovada em assembleias com os sindicatos. O limite por trabalhador para a contrapartida do FAT será de R$ 900,84. O programa será de seis meses, prorrogável igual período. (Pág. B1)

 

Seguro-desemprego

Deputados devem votar projeto para permitir que ao menos 42 mil trabalhadores tenham direito ao benefício. (Pág. B1)

 

Celso Ming

A vitória do “não” é manifestação da vontade do povo grego. Falta combinar com quem está do outro lado da mesa. (Pág. B2)

 

José Paulo Kupfer

No “day after” grego os mercados não entraram em turbulência, mas os dilemas ainda desafiam analistas. (Pág B4)

 

Ilan Goldfajn: Qual é o diagnóstico?

Sem uma boa dieta de redução de custos, o Brasil não conseguirá crescer de forma sustentável. (Pág. A2)

 

ANS abranda a regra que limita cesariana

Anunciada para reduzir as cesarianas atendidas por planos de saúde, resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) perde força. As operadoras pagarão por cesáreas feitas por decisão da grávida e do obstetra. (Pág. A18)

 

Saldo da poupança é negativo em R$ 38 bi. (Pág. B3)

 

Para Justiça, cobrança por sacolinha é regular (Pág. A11)

 

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Zero Hora

 

Manchete: Ousadia Frustrada

Ladrões que interromperam a ERS-122, entre Flores da Cunha e Antônio Prado, tentaram explodir cofre de carro-forte, mas fugiram sem conseguir levar o dinheiro.
SUA SEGURANÇA : AO CONTRÁRIO DO QUE PARECE, UM CRIME RARO (Pág. 116)

 

Para evitar demissões: Empresas poderão reduzir salário e jornada de trabalho

Governo lança programa que permite diminuir pagamentos e horários em até 30%, além
de repor parte da perda de proventos. Com apoio sindicai, MP foi enviada ao Congresso.
(Págs. 18 e 21)

 

Com a base aliada: Dilma diz que val defender mandato “com unhas e dentes”

Presidente rebateu declarado de opositores tucanos que, em convenção, apostaram em fim do governo antes de 2018. (Pág. 12)

 

Planos de Saúde: Regra não barra cesariana eletiva

Para fazer cirurgia sem indicação médica, gestante devera assinar um termo. (Pág. 26)

 

A Grécia após o não: países do euro têm reunião de urgência

Efeitos de plebiscito, como a renúncia do ministro das Finanças (foto), surpreenderam. (Pág. 10,11 e 22)

 

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Brasil Econômico

 

Manchete: Governo pagará parte de salário de trabalhador com jornada reduzida

Para evitar demissões, o governo encaminhou ao Congresso uma medida provisória para flexibilizar a redução da jornada de trabalho em até 30%. Metade da perda de salário com a redução será complementada com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador. Ainda não estão definidos quais os setores poderão aderir ao programa. (Pág. 3)

Captação de poupança fica negativa

Pelo sexto mês, a poupança registrou perda de recursos. Segundo o Banco Central, os correntistas retiraram R$ 38,542 bilhões a mais do que depositaram no primeiro semestre. Foi a pior captação líquida para o período em toda a história. (Pág. 19)

Jogo menos duro para a Grécia

Yanos Varoufakis, ministro das Finanças da Grécia, e radical defensor do “não” pediu demissão para facilitar as negociações com os credores. Em seu lugar ficará Euclid Tsakalotos, um economista acadêmico de fala suave. (Pág. 24)

Construção: Setor encolhe com indústria e comércio

Os empreendimentos desses segmentos apresentaram maior retração no primeiro trimestre deste ano. Levantamento mostra que foram investidos no setor US$ 215,34 bilhões, o que representa queda de 25% em relação a igual período do ano passado. (Págs. 12 e 13)

Montadoras: A indústria cortou 7,6 mil postos de trabalho no primeiro semestre. (Pág. 6)

 

O ‘não’ anima socialistas europeus

Partidos de esquerda contrários às políticas de austeridade e movimentos eurocéticos ganham força com o referendo grego. (Págs. 26 e 27)

Olhar do Planalto :: José Negreiros

A DELICADA PAUTA DE AGOSTO

As manifestações de rua marcadas para agosto deverão coincidir com a análise do TCU das contas do governo Dilma de 2014. O prazo para que o governo responda alguns questionamentos do tribunal a respeito de práticas fiscais irregulares, conhecidas com pedaladas, termina no dia 17 de julho (…) (Pág. 2)

Relatório D.C. :: Rogerio Studart

A ECONOMIA POLÍTICA DO “OXI!”

Como já descrevi nesta coluna (http://goo.gl/c9jrHp), a crise grega tem se caracterizado nos últimos anos por ser um processo recessivo em que a maioria dos gregos é obrigada a assumir a maior parte de um pesado ajuste fiscal. (Pág. 7)

O mercado como ele é… :: Luiz Sérgio Guimarães

REAÇÃO TRANQUILA À GRÉCIA

As altas pouco expressivas experimentadas ontem pelo dólar e os juros futuros devem ser relacionadas mais às incertezas domésticas do que às internacionais. A ampliação da crise política, o novo vigor do movimento em prol do impedimento de Dilma Rousseff e as notícias de que a presidente estaria insatisfeita com o trabalho do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, colocaram os investidores na defensiva. (Pág. 20)

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Folha de S. Paulo

 

Manchete: ‘Eu não vou cair’, diz Dilma

Em entrevista à Folha, presidente afirma que oposição é golpista e que não há base para pedido de impeachment
No auge da pior crise do seu governo, a presidente Dilma Rousseff (PT) desafiou aqueles que defendem sua saída a tentar tirá-la e a provar que ela “pegou um tostão” de dinheiro sujo.
“Eu não vou cair. Eu não vou. Isso aí é moleza, é luta política”, afirmou em entrevista a Maria Cristina Frias, Valdo Cruz e Natuza Nery, a primeira desde que críticos voltaram a defender seu afastamento. Dilma chamou adversários para a briga.
“Não tem base para eu cair, e venha tentar”, disse, acusando setores da oposição de serem “golpistas”.
A petista tirou o PMDB da lista dos que tentam derrubá-la. “O PMDB é ótimo”, afirmou, esquivando-se de responder sobre o flerte de figuras do partido aliado com a tese do impeachment.
Dilma rebateu fala do ex-presidente Lula. “Não me sinto no volume morto”, referindo-se a avaliação do antecessor sobre sua popularidade (10% de bom ou ótimo).
A presidente disse que “vai fazer o diabo” para que a recessão econômica seja a menor possível e revelou que prepara medidas fiscais para compensar mudanças feitas pelo Congresso. (Poder A4)

 

Para Temer, debate sobre impeachment é prejudicial ao país

Figura central dos debates sobre o desfecho da crise que atinge o governo Dilma, o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), se diz preocupado com a pregação da oposição pela saída da presidente. Para ele, discutir impeachment é algo “impensável para o momento atual”. (Poder A6)

 

Bernardo Mello Franco: Presidente enfim entendeu que está com cabeça a prêmio

Dilma finalmente entendeu que está com a cabeça a prêmio. Não está claro, no entanto, se terá tempo e força para reagir. Acuada, a presidente parece apostar apenas na própria biografia para se salvar. (Opinião A2)

 

Governo cria plano para reduzir salário e jornada de trabalho

Diante de um cenário de desaceleração econômica e desemprego crescente, o Planalto inicia hoje um plano com o qual almeja evitar o aumento das demissões.
Criado por medida provisória, o Programa de Proteção ao Emprego prevê a redução em até 30% da jornada de trabalho, acompanhada de diminuição de salário.
A jornada pode ser encurtada por seis meses, prorrogáveis por outros seis. O governo complementará metade da redução da renda com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), até o limite de R$ 900,84.
As empresas têm até dezembro para aderir ao programa, que vigorará até o fim do ano que vem. (Mercado A12)

 

Sabesp trava obras de saneamento no litoral norte de SP

Corte de investimentos afetou obras de saneamento da Sabesp em cidades turísticas do litoral norte de SP e deve inviabilizar a meta da estatal de ampliar de 35% para 85% a coleta de esgoto até o fim de 2016. A empresa diz que de 2008 a abril deste ano ano investiu mais de R$ 493 milhões na região. (Cotidiano B1)

 

Grécia deve fazer hoje nova proposta de acordo de resgate

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, promete fazer hoje nova proposta para acordo de resgate na reunião do Eurogrupo, relata a enviada Fernanda Godoy. A chanceler alemã disse que a porta está aberta, mas o tempo, acabando. O ministro das Finanças renunciou para abrir caminho para negociações. A reabertura dos bancos foi adiada. (Mercado A14)

 

Obama defende uso de ideias, em vez de armas, contra o Estado Islâmico (Mundo A7)

 

Editoriais

Leia “Compasso de espera”, sobre convenção nacional do PSDB, e “Ilusões impressas”, a respeito de reprodução em papel de voto na urna eletrônica (Opinião A2)

 

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