Veja quem é quem na disputa pela prefeitura de Jaru, na análise de Roberto Gutierrez

A esperança é teimosa porque renasce no desejo de mudar as coisas para melhor, mesmo que isso seja em Jaru, cidade de uma economia importante para Rondônia, mas que vive um dos maiores pesadelos no quesito grau de confiança do povo nos políticos. Tudo isso por conta do inferno astral em que se envolveu a prefeita-cassada Sônia Cordeiro de Souza, a Sônia do PT. Não bastasse o desmantelo de credibilidade do PT nacional, Jaru, um dos berços petismos de Rondônia, não foge à regra da decepção.

Diante de tais circunstâncias, existem várias possibilidades quanto à eleição do próximo prefeito.

 

Joãozinho Gonçalves

Ironia ou não, o quadro em Jaru se desenha quase igual ao processo sucessório nacional: é do PSDB o nome com maior chance de se tornar prefeito. Estou falando sobre o jovem Joãozinho Gonçalves. Não se trata apenas da influência econômica do pai dele, João Gonçalves, que o coloca como forte candidato, mas o desejo que está camuflado no inconsciente popular: o de conseguir um prefeito que reúna dinamismo, referência, raízes fortes com a cidade, capacidades de gestão, e que tenha muito a ganhar se Jaru sair desse desmantelo. Joãozinho reúne essas qualidades que se encaixam no tamanho da esperança popular. Não há como deixar fora da reflexão que o pai dele, João Gonçalves, é dono de um império que nasceu em Jaru há mais de 40 anos e se tornou um dos maiores arrecadadores de impostos de Rondônia e, consequentemente, gerador de empregos.

Pé atrás

Nos bastidores, ouve-se dizer que ‘seo’ João Gonçalves é contra a candidatura do filho. Mas, se Joaozinho puxou mesmo pro pai, será candidato. Se é que procede a a informação, a preocupação do ‘seo’ João tem base de defesa, pois, não apenas seria uma baita tarefa colocar Jaru nos trilhos em razão da crise financeira que assola o País, como o desprestígio da classe política.

 

Segunda via

Na hipótese de Joãozinho Gonçalves (PSDB) não ser candidato a prefeito, Flávio Correia (PSB), que já foi vice-prefeito e candidato a deputado estadual com importante votação, assumiria uma vantagem significante. Quem também entra na disputa com muita força é a ex-deputada estadual e ex-prefeita Stella Mari (DEM). Os dois, Stella e Flávio, com Joãozinho Gonçalves, formam uma espécie de pelotão de frente nestas prévias das especulações.

Nomes também significantes

Não posso deixar de citar o vereador Moisés Zalen Soté (PDT), Juninho da Nova Lar (PR), que é genro do senador Ivo Cassol e Jefferson Lima (PMDB).  Esses três, sabem dos desafios que têm pela frente e estão trabalhando para fazer crescer os nomes – nada está definido – sequer começou!!

Conjectura inevitável

O destrambelhamento da administração do PT em Jaru, que findou em cassação da prefeita Sônia, não há como negar: deu fôlego político ao clã dos Muletas, que tem a vereadora Cássia dos Muletas como expoente. Tanto que existe uma conversa bem amadurecida quanto à possibilidade da vereadora se tornar a candidata à vice-prefeita de Flávio Correia.

Constatação

Queria ou não concordar os pré-candidatos, o processo sucessório em Jaru é medido em dois cenários: um, com Joãozinho Gonçalves, e o outro cenário, sem ele. Nesse caso, para quem iria o apoio caso não fosse candidato?

Bom senso

Prudente mesmo precisa ser o posicionamento do deputado federal Lúcio Mosquini (PMDB-RO), pois não é tarefa fácil manter uma neutralidade na cidade-base dele, principalmente quanto todos, por circunstâncias naturais até de identificação, almejam esse apoio. Aliás, tomar partido, neste caso, pode não apenas representar prejuízo político, como desconforto com tantos amigos em lados opostos. A sugestão é que ele continue investindo pesado com emendas para a cidade de Jaru, que sempre foi carente de um representante na Câmara Federal. Ou seja, neste aspecto, Jaru está em situação confortável. Portanto, Mosquine precisar dar uma de Trancredo Neves: – sempre à base da política mineira. rsrsrs

 

*Roberto Gutierrez é repórter e acompanhas campanhas políticas de Rondônia desde o tempo dos saudosos Leônidas Rachid Jaudy e Jerônimo Garcia de Santana, quando Rondônia, Território, só tinha uma vaga para deputado federal.

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