Deputados do PMDB asseguram ter 367 votos a favor do impeachment

Deputados do partido chegaram à residência oficial do vice Michel Temer exibindo o que seria a última contagem de votos feita pelo comitê que trabalha pelo afastamento da petista. Asseguraram ter 367 votos a favor do impeachment e 129 contrários.

Em outra frente, o presidente interino do PMDB, senador Romero Jucá (RR) disse que o governo vem promovendo um “ataque especulativo” sobre os deputados nas últimas horas, mas que no QG peemedebista o clima é de tranquilidade. Ele ainda criticou o clima de acirramento e a briga entre seguranças do ex-presidente Lula e militantes pró-impeachment. “Até para perder tem que ter elegância.”

“É natural que o governo tente fazer um esforço, não esperávamos que eles ficassem de braços cruzados. Mas confiamos que os parlamentares tem responsabilidade com o país”, disse Jucá.

Ele afinou que os aliados de Temer tinham uma “reserva de votos” para exibir quando houvesse a escalada da ofensiva do governo contra o impeachment. “Em todos os planares o que se vê é o aumento dos votos [pró-impeachment]. Agora é acompanhar e esclarecer qualquer tipo de dúvida”, afirmou.

Jucá ainda rebateu as críticas do ex-presidente Lula a Temer. Em evento na manhã deste sábado, o petista afirmou que o vice de Dilma buscava uma “atalho” para o poder. “O que Lula chama de atalho, eu chamo de constituição. Nós temos um calendário de eleições. Teremos eleições municipais em 2016 e depois em 2018. Vamos ver qual dos dois partidos vai se sair melhor”, provocou.

COVARDES
Deputados da legenda aliados a Temer também fizeram uma série de críticas. Osmar Terra (PMDB-RS) criticou a tentativa do Planalto de estimular abstenções e disse que o país não aceitará “os covardes”.

O deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES) afirmou que o governo mostra estar “esfacelado” e seu colega, Carlos Marun (PMDB-MS) chegou a dizer que o Planalto “partiu para uma operação não republicana” de “aquisição de votos”.

O também peemedebista Leonardo Quintão (PMDB-MG) foi o primeiro a exibir os supostos 367 votos. Ele chegou com os números anotados a caneta em uma folha de papel. “Vim mostrar para o vice”, afirmou. Antes de entrar, disse que o partido tinha “certeza da vitória”.

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