Moro e Bolsonaro confessam crimes em meio a crise – Coluna do Gutierrez

Mouro deixa o ministério confessando crimes cometidos por ele e por Bolsonaro. Bolsonaro, em pronunciamento oficial, não apenas admite como revela novos crimes praticados por Sergio Moro, sem contar que o pronunciamento dele, com várias frentes de ataques, não disse nada para que veio.

Agora, o presidente vai se aproximar de parlamentares fisiológicos  para se manter no cargo. Talvez o Congresso só partisse pra cima do Presidente se tivesse a certeza de dois terços seguros para um afastamento, ou seja 342 deputados, no entanto, existe a possibilidade de um processo comum correr no supremo contra Bolsonaro. Para isso o Congresso teria que autorizar. Em autorizando, o presidente seria afastado.

A crise política mal está começando num momento em que o país vive o auge de uma pandemia e as dificuldades sobre a economia que precisam de um plano que não estão acontecendo.

Essa crise política será desastrosa para o país. Menos  desgastante seria o vice-presidente Mourão assumir, mas isso não está nos planos do presidente Bolsonaro.

O que também fica claro, nas entrelinhas do que disse o presidente e até mesmo do que disse Sergio Moro, é que o controle da Polícia federal com interferência direta de Bolsonaro, não seria apenas para proteger filhos no curso de investigações, mas de ter a Polícia Federal como braço direito de investigações e operações contra qualquer um que ouse jogar contar os interesses do presidente. Ou seja, esse comportamento não diferenciaria da essência que nutre uma milícia: de oferecer proteção forçada em troca de vantagem, ou o terror se não concordar.

Para assegurar o objetivo de atingir o presidente, Moro chegou a mencionar a administração Dilma como exemplo de não ter interferido na Polícia federal nas investigações do Mensalão que detonaram o PT e aliados corruptos.

Tanto Moro como Bolsonaro tentam sair como vitimados desse momento no qual ambos deixam no ar que foram traídos um pelo outro.

O certo é que, usando das metáforas que Jair adora imprimir – Casamento – desse divórcio entre dois  héteros, ambos saíram com o traseiro em estado deplorável de direito heterocrático com vaselina de areia e arame farpado.

Coluna do Gutierrez

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