Morre do coração Cícero, o dono do Capixabas Bar de Ji-Paraná

Cícero Nunes da Silva, 10/12/1965 a 17/03/2021
Cícero Nunes da Silva, 10/12/1965 a 17/03/2021

 O coração do senhor responsável pelos fins de tarde mais famosos de Ji-Paraná não resiste ao ataque de uma bactéria e morre em Curitiba.

Da redação/Roberto Gutierrez

Morre aos 55 anos anos de idade Cícero Nunes da Silva, o Cícero, do Capixabas Bar, um dos pontos mais tradicionais  de Ji-Paraná. Ele estava em Curitiba devido a complicações de um transplante do coração feito há mais de um ano. O ação de uma bactéria muito forte, que atacou o pulmão, acabou também atacando o coração. O Corpo estava respondendo apenas com a ajuda de aparelhos que foram desligados na manhã de hoje. O corpo de Cícero será cremado em Curitiba.

Cícero tinha dois filhos, Leandro Lopes da Silva e Fabiane Lopes da Silva, além de um neto, João Pedro da Silva e uma legião de amigos.

 

Capixaba Bar

Cícero nasceu em Pérola, município situado na microrregião de Umuarama, no Paraná.  Ele veio para Rondônia ainda pequeno teve muitas atividades. Uma delas foi como montador de cortinas. Na década de 1980 acabou montando o  Capixabas Bar.

Conforme narrou Calama, “Cícero montou o primeiro secos e molhados da Villagran Cabrita, hoje Cloves Arraes, pra cima do igarapé Dois de Abril. Batalhou muito. Mais tarde comprou o ponto onde hoje é o Capixabas Bar, funcionou a mercearia e resolveu transformá-la num bar – e deu muito certo”.

Segredo do sucesso

A simplicidade, o carisma e simpatia como tratava os amigos, acabaram tornando o Capixabas Bar, da avenida Cloves Arraes, Bairro Urupá, o endereço do fim de tarde de muita gente do meio político, empresarial e de profissionais liberais. Seu Cloves Arraes, que mais tarde virou o nome da avenida do Capixabas Bar, era um assíduo frequentador, assim como outros personagens da Vila de Rondônia que já partiram como seu Arlindo Xavier, Darci Fávaro, Chiquinho Resplande, Valdir Estrela, Ronaldo Brito, Armando Reigota, José Olimpio, José Aníbal, Antônio Bianco, Pezão e tantos que frequentaram um dos pontos mais famosos do happy hour de Ji-Paraná.  Tudo muito simples, mas, o segredo do sucesso estava na cumplicidade com a qual Cícero mantinha com seus amigos clientes. Ele não se envolvia mas, sabia da história de cada um.
As mesas do Capixabas Bar, ‘o bar do Cícero’, testemunharam não só os mexericos banais da boa fofoca, como o embrião de muitas conversas que influenciaram na política de Ji-Paraná e de Rondônia.   Não apenas os filósofos do boteco como eu, Roberto Gutierrez, quem escreve essa matéria com a emoção dos mortais, como tantos outros sonhadores ‘dinossauros’ que encontravam um bom motivo para rever amigos, bater o ponto e celebrar a vida, como Valdemar Camata, Hudson, Solivan, Solon, Calama,  Grego, Edmundo, Paulo Matsuda, Dorival, Sérgio, Alfredo, Vilela, Gival, Jefin e tantos outros. O legado do happy hour de Ji-Paraná continuará com Leandro, filho de Cícero, que manterá o tradicional Capixabas bar.

 

 

2 Comentários

  1. Perdemos um grande amigo, lutamos juntos desde o início,na luta pelo transplante, depois pelos efeitos adversos após a cirurgia, que Deus te guarde em um bom lugar.

  2. Há pouco mais de dez anos comecei a frequentar o bar do Cícero, quando em viagem para visitar minha filha, esposa do Bernardo da Casa do Adubo, e depois também para encontrar meus que nasceram em em Ji Paraná. Em pouco tempo fiquei amigo de várias pessoas que lá se encontravam sempre, como o próprio Cícero, Aníbal, Serjão, Camata e outros. O ambiente parecia o de uma grande família. Deus guarde a sua alma.

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