Ji-Paraná perde Jurandy da Pax para a Covid-19

O empresário Jurandy da Pax estava internado em Cacoal e morreu pouco antes das 23 horas de hoje.

Roberto Gutierrez – Morre aos 76 anos de idade vítima da covid-19 um dos personagens mais queridos e conhecidos de Ji-Paraná/RO, o pioneiro Jurandy Soares dos Santos, o Jurandy da Pax Nacional. Ele estava internado havia duas semanas no Hospital dos Acidentados em Cacoal. Entubado em uma UTI, o caso dele se tornou gravíssimo.  Jurandy fazia parte do primeiro time de pessoas imunizadas em Ji-Paraná. Ele já havia tomado as duas doses da vacina Coronavac. Por  algum motivo não teria desenvolvido anticorpos suficientes e acabou contraindo o estágio grave doença.

Jurandy da Pax deixa os filhos Nilton, Juliany, Luciany e Luciano, além dos netos Lucas, Bárbara, João Antônio, João Miguel e David.

A chegada do corpo a Ji-Paraná está previsto paras às 6 horas de hoje e o cortejo fúnebre está previsto para sair da Pax Nacional às 10 horas com destino ao Cemitério da Saudade, no segundo Distrito.

Ji-Paraná

Assim que chegou a Ji-Paraná, em 1979, casado com Luzia Motta, vindos de Goiânia com os filhos pequenos, Jurandy montou a Funerária Pax Nacional.

Muito prestativo e de espírito bondoso, não demorou muito para Jurandy integrar o grupo de pioneiros que fundou o Lions Clube. Aliás, ele ajudou a construir a sede do Lions, bem enfrente ao extinto Clube das Mães.

Política

A cidade foi crescendo e logo veio à política, uma de suas paixões, mas, não como candidato, mas, na condição de incentivador e articulador político. Seus posicionamentos e credibilidade lhe renderam à presidência do PTB a convite do amigo desde de Goiânia, Olavo Pires, que se tornou deputado federal e depois senador da República. Morreu assassinado quando disputava o governo em 1990.

Ji-Paraná Futebol Clube

Foi em abril de 1991 que despertou sua paixão pelo esporte. Jurandy foi um dos fundadores do Ji-Paraná Futebol Clube, chegando, inclusive, a ser presidente do time. Já nessa época, como um dos fundadores da Boca-Maldita,  que reunia todas as manhãs de domingo na praça da Igreja Dom Bosco, em especial na Banca de Revistas do Jeová, empresários, profissionais liberais pra confabular os acontecimentos da cidade, Jurandir não escapou do humor apurado dos amigos. O fato de ser dono de funerária e presidente de time de Futebol, a turma não perdoou: disse que ele teria contratado jogador defunto e poderia enterrar o time. Jurandir se divertia com as brincadeiras. (Ainda bem que na época não havia redes sociais e nem internet, caso contrário, muita gente teria acreditado nestas lendas urbanas.)

Tucanos

Jurandir acabou assumindo a presidência do PSDB Ji-Paranaense que rendeu ao promotor de Justiça Ildemar Kusller o mando de deputado federal e o mandato de prefeito de Ji-Paraná.

Foi o mesmo PSDB de Ji-Paraná de Jurandy Pax, que o partido se tornou base para um certo desconhecido (na época) vindo de Rolim de Moura, Ivo Cassol, à condição de chegar não só ao segundo turno, como vencer a eleição de governador.

Paixão

O super triciclo, ao estilo motoqueiros sem destino, era o seu transporte preferido para os fins de semana. Dizia ele que isso lhe dava uma sensação de liberdade.

Apesar de defender politicamente seus candidatos, Jurandy era respeitado pelos adversários e sempre imperou a cordialidade entre lados opostos.

A Boca-Maldita, nos últimos anos, acabou se mudando  da banca do Jeová para o pátio do Posto Fortaleza, mas, Jurandy sempre como assíduo frequentador dificilmente faltava.

Família numerosa

O empresário Jurandy era o segundo filho de uma família numerosa: 15 filhos. Ele nasceu no dia 19 de abril de 1945 no Mato Grosso.  Ainda jovem se mudou para Goiana, de onde partiu para Rondônia casado com Luzia Motta.

Sentimento

Cinco dias antes de completar 76 anos, Jurandy ligou para o jornalista Roberto Gutierrez para lamentar a morte do amigo Roberto Suares Chanches, o Roberto do Foto, que morrera de Covid-19 na Bolívia, cuja notícia estava publicada na Folha de Rondônia News.  Jurandir falou sobre a importância do amigo que era um dos fundadores do Lions Clube em Ouro Preto. Ouça o áudio:

 

1 Comentário

  1. Eu conheci Jurandi assim que ele começou vender caixão em ji Paraná minha família comprava com ele neste tempo que eu alembro que .ele constava de ajudar os necessitados. Meus sentimentos. Deus vai confortar à família em nome de Jesus.

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