Denúncias no MEC precisam ser apuradas com firmeza e responsabilidade, diz Confúcio

O parlamentar rondoniense, no entanto, diz ser contra a instalação de uma CPI por se tratar de ano eleitoral e que a saída do ministro ajuda muito nas investigações.

Durante a audiência Pública Interativa na Comissão de Educação do Senado Federal, realizada nesta terça-feira (5), que teve a finalidade de ouvir depoimento dos prefeitos sobre o suposto direcionamento na destinação de verbas públicas, com o pedido de propinas, no interior do Ministério da Educação, o senador Confúcio Moura (MDB-RO) afirmou que os fatos precisam ser apurados com rigor e isenção.

O parlamentar lembrou que esta audiência foi convocada para esclarecer os fatos denunciados pela imprensa nacional o que, na sua visão, foi um escândalo constrangedor para o Brasil. Para ele, não basta apenas investigar o caso em si, mas estender o inquérito para todo o tipo de relações de influência que ainda possa existir no Ministério. “A saída do ministro Ribeiro é um elemento facilitador para as investigações, uma vez que, creio, o novo ministro tem interesse que isso se esclareça, pra que sua biografia não seja maculada”, enfatizou.

Confúcio lamentou os supostos desvios da rotina administrativa do MEC, que segundo ele, tem como rito gerencial e administrativo a inscrição de projetos no Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação – FNDE por meio do sistema  Plano de Ações Articuladas – PAR. “À medida que as emendas parlamentares ou mesmo de recursos orçamentários do governo è liberando aquilo que é prioritário, principalmente as obras inacabadas ou paralisadas, os responsáveis vão alimentando e atualizando o sistema. A inserção de um ou dois pastores pra vender esse prestígio em municípios brasileiros é uma aberração, é um crime, contribui para a perda de confiança na educação, que já não estava bem. A imagem do Ministério da Educação piorou bastante”, afirmou o senador.

CPI

Sobre a possibilidade de se criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)  que apure as denúncias de tráfico de influência no Ministério da Educação – inclusive há um requerimento de autoria do Senador Randolfe Rodrigues (Rede), que está na fase de coletas de assinaturas – Confúcio Moura afirmou este não é o momento, mesmo  que a CPI seja aprovada. Para ele,  por ser um ano eleitoral   acredita que não é o momento adequado, mas defendeu a realização de audiências públicas para discutir o assunto. “Abrir uma CPI em um momento político/eleitoral,  vai chamar atenção e desviar o foco da campanha e isso não é bom. Ainda mais que a instalação da Comissão ainda vai demorar e as campanhas já estarão nas ruas. Eu torço para que haja uma esclarecimento a partir das audiências públicas que dão melhores resultados,  muito maior do que propriamente uma CPI”, concluiu Confúcio Moura.

Foto: Agência Senado

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