Bob Gut – Quem fala o que quer, ouve o que não quer. Serve isso até mesmo para quem se acha “republicano” e mal saiu de uma primeira eleição.
“Ele não me representa”, esbraveja o aparente fã do comportamento terrorista verde-amarelo deputado estadual Rodrigo Camargo referindo-se ao senador Confúcio Aires Moura (MDB-RO).
Num vídeo, enquanto ouve o senador explicar a posição do MDB em relação à nova eleição das mesas diretoras do Congresso, ele põe a mão no rosto, esfrega, dá sinal negativo com a cabeça, e ataca: “Todo mundo sabe que Pacheco e Lula são cúmplices e comparsas, e você, senador Confúcio Moura, é uma vergonha para Rondônia declarar voto nele.”
O barba por fazer de Ariquemes, não consegue revelar ou transmitir algo além de suas tonitruantes falas. Comporta-se como um filhote de bronco, das unhas ao olhar maluquete exibido em seu mais recente vídeo, no qual desanca o senador e declara “não se sentir por ele representado.”
O rapazinho é um moço que não viveu naquele País de jovens inteligentes, algumas centenas deles maltratados e torturados pela ditadura. Jovens cuja coragem e sacrifício o fariam corar de vergonha. Recomendo o’ Ano que não terminou’, de Zuenir Ventura.
A maneira como age o impele a ser uma taturana rastejante no Plenário da Casa Legislativa das Pedrinhas. Ainda sentirá na pele o que significa uma posição/imposição partidária, algo comum nos Parlamentos deste País.
Vejamos se, depois que isso lhe ocorrer, será capaz de usar um cândido olhar para dar a impressão de discordância total daqueles que chegaram à política antes dele.
Está na “cara” que o neófito parlamentar delegado de polícia prefere ser representado por aquela bancada amarela que agora “amarelou” em busca de atestados médicos para seus marionetes hospedados em presídios de Brasília.
Seu jeito deselegante e desaforado o credencia na condição de neófito; desconhecimento de causa lhe permite o cego rigor em participar de outro agrupamento político: aquele movimento de intoxicados da desinformação, raivosos arrepiados que moveram acampamentos desde Vilhena ao Centro de Porto Velho.
Esses patrocinadores da bancada amarela e porta-voz das práticas antidemocráticas que atormentam hoje as pessoas de todos os credos não medem palavras, muito menos esforço em gravar chiliques em vídeos pouco edificantes.
Assacaram mais uma vez o senador Confúcio Moura, porque ele defendeu a verdadeira Pátria Amada, a dos injustiçados, das minorias, dos oprimidos e dos que estavam há quatro anos injustiçados.
Ainda nos cueiros, no início de seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa de Rondônia, o sr. Rodrigo faria enorme bem à sua consciência ao conter a língua que usa transparecendo comportamento de um animal racional impoluto, certinho e transparente. Mostre trabalho primeiro, depois alardeie do que é capaz para o bem-estar da população.
Ainda não é, mas pode ser caso interrompa essa ânsia de mostrar gestos hipócritas sob o disfarce de parlamentar. Seus eleitores ainda não notaram trabalho, ao contrário de outros representantes do Estado de Rondônia que acumulam vigorosas folhas de serviços prestados, em que pesem uma ou outra falha ou desgaste de suas siglas partidárias.
Mas o sr. Rodrigo tonitruante revela-se um aprendiz de falastrão, desses que paga para ver o circo pegar fogo. Quer porque quer ser o novo inventor da roda ou da pólvora, quando finge ignorar conquistas e vitórias de políticos notáveis que ocuparam o cenário brasiliense antes da balbúrdia criminosa promovida em 8 de janeiro de 2023.
Por fim, o neo-deputado deveria cuidar de seu quintal, antes de se recusar a ser representado por alguém. Consta no Tribunal Regional Eleitoral que ele teve contas aprovadas com ressalvas, por ausência de comprovação da devolução ao partido de sobra de campanha.
Aprenda, pois, ‘doutô’, aquele antigo dito popular muito comum na comunidade porto-velhense: em terra de sapos, de cócoras com eles.
Colunista Roberto Gutierrez, A Liberdade de Expressão é o direito básico de todo sujeito se manifestar livremente, expressar suas opiniões e crenças, receber ideias e informações através do meio artístico, da linguagem oral e escrita, bem como qualquer outro meio de comunicação, independentemente de licença ou censura. Hoje, já assistimos a “grande” imprensa calada, aceitando e concordando com a censura e cerceamento da Liberdade de Expressão. Fica Alerta: A “Alternância de Poder”, no seu dito popular muito comum na comunidade porto-velhense: “em terra de sapos, de cócoras com eles.” Não suporta a natureza jurídica e a relevância do princípio da alternância no regime democrático.