Da redação – A delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), divulgada nesta terça-feira (15), confirma uma investigação que a Polícia Federal começou em 2007, quando Aécio Neves (PSDB-MG) ainda era presidente da Câmara dos Deputados: a família Neves teria uma conta não declara em Liechtenstein.
Segundo informações divulgada pela revista ‘Época’, esta conta seria beneficiada de uma fundação, em um paraíso fiscal, identificada como “Bogart e Taylor”, que teria como sócios o senador tucano e a sua mãe, Inês Maria Neves Faria.
Delcídio disse que não sabia com detalhes, mas que “parece que a fundação estaria em nome da mãe ou do próprio Aécio Neves; que essa operação teria sido estruturada por um doleiro do Rio de Janeiro”. O delator falou ainda que não sabe a relação entre essa fundação e as acusações contra o tucano – entre elas, de ser beneficiário de propinas em Furnas e de ter agido para interferir nas investigações da CPI dos Correios, da qual o petista foi presidente, em 2006.
Procurados pela reportagem da revista, nem Aécio nem Inês Maria quiseram dar entrevista. Por meio de seus advogados, a família Neves confirmou que os documentos apreendidos são verdadeiros e que Inês Maria pretendia criar a fundação “Bogart & Taylor” em Liechtenstein para destinar recursos à educação de seus netos.
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