Agnaldo Muniz chegou a Rondônia quando tinha três anos

Roberto Gutierrez – O ex-deputado federal Agnaldo Muniz, que morreu neste domingo ao capotar a caminhonete dele a qual dirigia quando levava o caseiro de sua fazenda distante 40 quilômetros de Porto Velho, chegou a Rondônia aos dois anos de idade. 

Isso foi em janeiro de 1974. Agnaldo, terceiro filho do casal Sadraque e Diná, nasceu em Assis Chateaubriand, no Paraná. As irmãs mais velhas Lucinha e Marlei eram pequenas na época. Ainda não havia nascido Evandro, o irmão caçula. Esse nasceu em Ji-Paraná.  Foi na Vila de Rondônia que o menino Agnaldo se criou. Sadraque e dona Diná foram morar no bairro Casa Preta. Pastor Sadraque  trabalhava de taxista no antigo mercado Modelo, onde hoje deu lugar ao Teatro Dominguinhos.  Dona Diná, entre os afazeres da casa e cuidando dos filhos, vendia cosméticos da Avon. Não demorou muito Sadraque conseguiu um pedaço de terra no Curralinho, propriedade rural que mantém até hoje. Sadraque filia-se ao MDB e passa a apoiar Jerônimo Santana, que se elegera deputado federal em 1974. Desde de pequeno, Agnaldo Muniz convivia no meio político. Já como pré-adolescente, viu o pai se eleger deputado estadual constituinte em 1982, além do Tio dele, Orestes Munis se eleger deputado federal e, na eleição seguinte, se tornara vice-governador de Rondônia.  

Sadraque Muniz se reelegeu em 1986 e, ao fim do mandato, deixou a política para se dedicar inteiramente à igreja e, aquele menino que estava acostumado a ver o pai e o tio receber grandes personagens da política de Rondônia dos anos 70 e 80, assumiu o gosto pela coisa e enveredou para a vida pública. Mas isso aconteceu depois que se formou em Direito na Gama Filho, no Rio de Janeiro.  

Em 1998 se elegeu deputado federal. Reeleito em 2002, Agnaldo ainda disputou uma vaga de Senador em 2006 obtendo mais de 200 mil votos. Em 2010 assumiu como suplente de deputado federal com a renúncia do ex-deputado Natan Donadon. 

Agnaldo, assim como o pai, Sadraque, e o sogro Nelson Luchtenberg, passou a dedicar-se à igreja, na condição de pastor. Neste ano, seu nome estava cogitado para ser candidato a deputado federal e, após muitas insistências, aceitou convite para ingressar ao MDB, partido que o pai dele, Sadraque,  e o tio Orestes Muniz, deram os primeiros passos na política em Rondônia na década de 1970. Agnaldo era nome certo para disputar uma vaga de deputado federal neste ano. 

Agnaldo era casado desde julho de 2001 com Cláudia Luchtenberg. Ele deixa três filhos Gabriella (15), Sofia (13) e Agnaldo Sadraque de sete anos de idade. 

 

Velório 

Milhares de comparecem ao velório de Agnaldo Muniz, que acontece na Igreja Assembléia de Deus da José de Alencar. Autoridades, amigos e admiradores foram dar o último adeus ao homem público que, como muitos, chegou criança a Rondônia e que ajudou a fazer história.  

O enterro estava programado para acontecer no fim da tarde. 

 

Acidente 

Pouco antes das 17 horas, Agnaldo saiu de casa para levar o caseiro da fazenda até a fazenda dele, distante 40 quilômetros de Porto Velho/RO indo pela BR-319 sentido Humaitá/AM. Praticamente na metade do caminho, Agnaldo perde o controle da caminhonete que teria aquaplanado em uma possa d’água. A caminhonete capota várias vezes e bate em um poste. Agnaldo morreu no local. O Caseiro, Valdecir Aparecido Pedroso, foi socorrido com ferimentos leves e está fora de perigo.  

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